Outos Textos da Série Nova Utopia:
Nova Utopia I
Nova Utopia II
Nova Utopia III
É estranho, e não sei responder o por que da falta de mobilidade dos jovens, ou pior que isso, por que a aceitação dos jovens e de seus pais( que muitas vezes são as figuras inibidoras), em relação a desigualdade atual? É difícil responder a tais perguntas, porém mais difícil ainda é aceitar a tudo isso e calar-se, omitir-se.
Como é comum colocar a culpa em algum sistema financeiro, falemos do socialismo. Até hoje realmente não fora colocado em prática corretamente, estigmatizado de maneira geral por isso, aliás socialismo viro semântica para opressão e ditadura também para desiguladade ou inibição da individualidade.Agora falemos do grande sistema regente(decadente), mobilizante(alienante), o CAPITALISMO: que de um modo geral preza o lucro, poupanças etc. Por que todos reclamam tanto, mas não preparam-se para tentar criar um novo sistema?ou melhor ainda.....somente cobrar seus direitos, ou seja fazer-se valer da DEMOCRACIA.
Recentemente, assisti ao filme “CAPITALISMO uma história de amor” no brilhante e pouco reconhecido(muitas vezes até ignorado) Michael Moore, precisamente uma das parte que me chama atenção, é quando vai até o local onde está guardada a constituição norte-americana a procura do sistema econômico imposto a todos naquela nação, porém lá ele somente encontra referencias ao povo, ao conjunto, no qual ele satiriza parecer o outro -ismo, mas tudo isso é apenas a democracia sendo exercida.
O problema é que não se pode convencer a muitas pessoas a lutar pelos seus direitos, mas como convencemos aquela massa insana que vaga sem vida pelos Shopping´s? Será mais fácil incentivar a compra, e mais a frente omitir-se, entrar em depressões profundas quando uma pesada crise econômica bate a sua porta? Como já disse, não sou contra quem tenha dinheiro, desde que todos em sua sociedade( não só os da sua classe), mas num contexto muito maior, uma nação por exemplo, tenham condições reais de obter o mesmo conforto e bem estar, tenham condições de saúde iguais, e para tal não devemos agarrar-se a qualquer sistema econômico fechado, mas sim a um sistema regente de sociedade(DEMOCRACIA), posso estar equivocado e totalmente errado, mas se o estado cumprisse seu papel, não seria “necessário” desabrigar pessoas, conviver com a fome. Mas para isso precisamos lutar, para que se cumpra nossos direitos, para que o atual sistema escravista deixe de existir. Já ouvi que é impossível mudar a forma de pensar das pessoas, e que isso é de uma certa forma repressão mas não pretendo nada disso, somente mostrar algo há mais no mundo, algo que realmente possa ser gozado por todos, não somente pelo 1% da população, mostrar que a maioria pode decidir pelo bem de todos, e não que sejamos bombardeados por propagandas que nos empurre para um desfiladeiro de empréstimos e juros.
Continua....
Por: Victor Cavalaro
Nota:
Nova Utopia IV
Nova Utopia - Parte III
Conscientização é uma formidável e realmente difícil maneira de dizer oi para o mundo real, diria impossível de acontecer, entretanto impossível é não sonhar e lutar por um mundo igualitário (sendo assim, a conscientização torna-se plausível, ..., será?).
Não sou contra qualquer pessoa que goste de acumular capital, ter os famosos zeros na conta do banco, porém é assustador que essa imensa massa de mortos-vivo só consigam buscar o brilho ofuscante que a propriedade trás.O que mais me deixa angustiado( uma das coisas que mais me deixa também, porque a passividade do povo relacionada com a busca de seus direitos, me atinge pesadamente) é o contraste social que a expansão do capitalismo voraz trás,( “e pensar que tudo começou com um ferreiro que produzirá pregos – A Riqueza das Nações - Adam Smith” ).
Moro em um bairro onde no alto de seus morros existem prédios nos quais só o condomínio custa 2.000 reais.E ao sair de sua jacuzzi para uma longa jornada de trabalho e ao passar pela porta automática do estacionamento o morador dessa MARAVILHA DO MUNDO deparasse com uma pequena comunidade de pessoas carentes(hoje conhecida como favela), ele para o carro diante daquela miséria pensando ser uma pedaço de terra esquecido por Deus, e pensa que aquela área toda deve ser limpa afinal de contas, atrapalha a vista. É caros(as) leitores(as), será que se ele abrisse mão da pequena bagatela que ele paga todo mês pelo condomínio e IPVA dos seus quatro carros luxuosos vindos da Alemanha, e realmente empreendesse todo aquele disperdício em pró da comunidade, para que estes tenham condições igualitárias não seria melhor do que apenas esculaxar os residentes locais ?
E nessa hora você pensa, mas Victor você não é contra a privatização?, pois é, sou sim, mas usando isso como exemplo sabendo que quando o peso não recai sobre sua conciência que repousa no mais confortável colchão, quarto aquecido ..., mas sim sobre a sua carteira e contas bancarias, é que surte algum efeito.
Agora que você se sente pesado( ou diria mais leve), que tal pensar em como mobilizar recursos para equacionar os direitos de seus conterrâneos?Mas é difícil, como podemos mobilizar tanto? Então, aqui na FAZENDA DE SOJA, existe direitos e deveres expressos em um “pequeno” documento, A CONSTITUIÇÃO(para quem gosta, ai vai. Constituição ou Carta Magna é um conjunto de regras de governo, muitas vezes codificada como um documento escrito, que enumera e limita os poderes e funções de uma entidade política. Essas regras formam, ou seja, constituir, o que a entidade é. No caso dos países e das regiões autônomas dos países o termo refere-se especificamente a uma Constituição que define a política fundamental, princípios políticos, e estabelece a estrutura, procedimentos, poderes e direitos, de um governo. Ao limitar o alcance do próprio governo, a maioria das constituições garantem certos direitos para o povo. O termo Constituição pode ser aplicado a qualquer sistema global de leis que definem o funcionamento de um governo, incluindo várias constituições históricas não-codificadas que existiam antes do desenvolvimento de modernas constituições codificadas. – WIKIPEDIA ), agora já sabe?
O grande problema é, nós estamos ocupados demais, assistindo nossas novelas, lendo horóscopo e descansando no feriado DO DIA INTERNACIONAL DA PEDRA, ninguém se dispõe a erguer e flâmula da verdade e honra, os que tentam são calados por uma sociedade totalmente alienada e amedrontada, dividida!
Quando acordamos do nosso sonho e sairmos da toca do coelho, iremos perceber o quão precioso é poder expressar-se e pedir o cumprimento de seus direitos. A passividade estatal com a acomodação das concessões de administrações privadas que espalham-se por meio Brasil, é resultado direito da procrastinação e temor do povo.
continua....
Por:Victor Cavalaro
Nova Utopia - Parte II
Uma coisa marcante na realidade transmitida a todos é o “mal” que o socialismo Marxista representa.É cada vez mais comum e creio também que sempre fora, usar o socialismo como demonstração de o que não fazer, todavia esquecemos que o socialismo imposto em certas regiões não eram mais ideologias, graças aos líderes que eram ortodoxos, toda essa política transformaram-se em religiões.
Claro, que não se deve ser a favor totalmente do socialismo, e sim estar a favor da democracia, essa que nunca fora vista em prática no Grande Canavial.Para tal precisamos descer de nossos palacetes adornados de ignorância e perceber que tornar-se socializante(termo usado pelo Prof. Milton Santos) não é o mesmo que ser socialista.
Todos querem uma sociedade na qual não há desigualdades, mas ninguém trabalha para que isso ocorra.Estamos preocupados e atarefados , todo esse trabalho que não lhe deixa respirar(bom não é assim né? Já que vou ao clube, ao shopping, ao restaurante....bom continuando...), só contribui para o aparecimentos de doenças e males da alma.Cortando a lorota, estamos em uma sociedade, principalmente aqui na Etanolândia, em que o bem do próximo não vem ao caso, mas quando precisamos da ajuda ou apoio não o obtemos.Neste momento ocorre aquela revolta interna, que logo é apaziguada quando ligamos a nossa televisão 3D e sintonizamos nos jogos de gladiadores atrás de uma bola.
Não temos direitos pois simplesmente não lutamos por eles, o medo de livrar-se de todos os pré-conceitos que essa luta gera.No entanto esperamos que outros façam o serviço e sejam açoitados em nossos lugares, neste momento lhe pergunto compensa ser omisso ou ser açoitado junto com outros irmãos e no final vermos o mundo transformado pelo grito que demos?
continua...